A causa para isso ainda permanece incerta. Entretanto, para um tratamento adequado deste transtorno, recomenda-se evitar bebidas como o café, chás, refrigerantes, alimentos condimentados e chocolates. Pode-se associar ao tratamento medicações que atuam no relaxamento do músculo detrusor da bexiga.

Naqueles casos em que não se obtém controle dos sintomas com medicações orais, pode-se indicar uma terceira linha de tratamento, que inclui aplicação de toxina botulínica na musculatura da bexiga, fisioterapia ou até mesmo uma cirurgia conhecida como neuromodulação sacral, em que um eletrodo é implantado próximo à região dos glúteos.

Incontinência Pós-Prostatectomia Radical

Outra causa para a incontinência urinária em homens é a incontinência de esforço pós-prostatectomia radical. Quaisquer dos tratamentos para câncer de próstata tem como objetivo curar ou controlar o crescimento do tumor naqueles casos mais avançados. Entretanto, sabemos que, infelizmente, nenhum desses procedimentos é isento de riscos de complicações.

A qualidade da cirurgia realizada exerce grande papel na obtenção de resultados satisfatórios. Centros que realizam a prostatectomia com excelência assim como a UROCAD, proporcionam taxas de continência entre 90 a 95% dos pacientes. Ou seja, apenas 5 a 10% terão algum tipo de perdas urinárias permanentes.

Nas primeiras semanas após a retirada da sonda, é comum que haja escape de urina, uma vez que o organismo está se readaptando à nova realidade. Esta incontinência, conhecida como transitória, é superada ainda nas primeiras semanas a 6 meses após a cirurgia. Entretanto, a continência total pode ser atingida em até 24 meses após o tratamento cirúrgico.

A fisioterapia pélvica com eletroestimulação por biofeedback é uma das principais ferramentas que auxiliam na recuperação da continência. Os exercícios domiciliares também podem ser realizados pelo próprio paciente de maneira fácil e prática e também são de grande auxílio para este processo de reabilitação.

Caso a incontinência persista após o prazo para o qual seria esperada a recuperação completa, o tratamento subsequente dependerá do grau de perdas. Perdas mínimas e que não afetam a qualidade de vida do paciente, muitas vezes podem ser tratadas de forma conservadora, ou seja, não necessitarão de tratamento cirúrgico. Entretanto, nos casos em que há interferência na qualidade de vida, o tratamento cirúrgico para colocação de dispositivos (como slings de uretra ou esfíncteres artificiais) pode ser realizado com taxas de sucesso acima de 85%.